Nos solos das terras altas da Tanzânia - desde Njombe, Mbeya, Iringa, para as colinas frescas de Arusha e Kilimanjaro—uma revolução agrícola silenciosa está se enraizando. No seu centro está Fazenda de Biotecnologia MbeguNzuri Ltda., uma iniciativa ousada liderada por jovens que transforma o cultivo de batata por meio da inovação e da biotecnologia.
Liderado por um agroempreendedor visionário Crescentia Mushobozi, MbeguNzuri está redefinindo como os agricultores têm acesso a batatas-semente limpas e de alto rendimento por meio de técnicas avançadas como cultura de tecido e estacas apicais.
A ciência por trás das sementes: cultura de tecidos e variedades resistentes ao clima
“Nossa missão é levar ciência ao solo e oportunidades às pessoas”, diz Crescentia.
No laboratório de MbeguNzuri, pequenos tecidos vegetais de batatas saudáveis são cultivados em ambientes estéreis para produzir mudas uniformes e sem doenças. Isso garante que os agricultores recebam material de plantio de alta qualidade que amadurece mais rápido e proporciona rendimentos mais consistentes.
A empresa se concentra em duas variedades de batata de destaque:
- Unica – Uma variedade de casca vermelha, tolerante à seca, adequada para regiões áridas
- Obama – Uma variedade de maturação rápida e alto rendimento com amplo apelo de mercado
“Os agricultores que antes colhiam 50–60 sacos por acre agora obtêm mais de Sacos 80 depois de adotar nossas mudas limpas”, observa Crescentia.
Do laboratório à fazenda: empoderando os pequenos agricultores da Tanzânia
MbeguNzuri não se trata apenas de ciência — trata-se de impacto. Ao trabalhar em estreita colaboração com redes de produtores terceirizados, cooperativas e comerciantes agrícolas locais, a empresa garante aos pequenos agricultores em regiões como Njombe, Mbeya, Arusha e Vergonha podem ter acesso a batatas-semente melhoradas e receber treinamento agronômico.
“Usamos fazendas de demonstração, mídias sociais e dias de campo para mostrar os benefícios”, explica Crescentia. “E combinamos serviços — sementes, treinamento e suporte de acompanhamento — para garantir o sucesso do agricultor.”
Uma história inspiradora é de Sr. Peter na aldeia de Arusha Songol, agricultora há 30 anos. "Ele fez a transição da agricultura de subsistência para a semicomercial depois de mudar para as nossas sementes", conta ela com orgulho.


Mulheres na Biotecnologia: Mudando a Face do Agronegócio
Além da produção de sementes, a Crescentia está defendendo mulheres e jovens na biotecnologia.
“Quero que as jovens saibam que o agronegócio e a biotecnologia não são áreas proibidas”, diz ela. “Estamos provando que é possível liderar, inovar e lucrar na agricultura.”
Apoiado por parcerias com organizações como a Centro Mundial de Vegetais, Branding Africana e agentes de extensão do governo local, MbeguNzuri está agora expandindo regionalmente, com o objetivo de atingir mais de 10,000 agricultores nos próximos cinco anos.
“Inovação não se resume apenas ao laboratório”, conclui Crescentia. “Trata-se de mudar vidas no campo.”

